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Câmara Municipal de Apodi abandona site oficial e página no Facebook.

Parece que a nossa câmara de vereadores não está sabendo administrar um dos melhores meios de comunicação com a população da atualidade - a internet, pois tanto o site oficial, quanto a página no Facebook (essa sem indicação de que seja oficial) não possuem postagens recentes, e a população de Apodi que tanto acompanha a política através da internet, é quem sai perdendo com essa negligência.

A última postagem no Site Oficial, ao que parece, pois não possui data, ainda foi no mandato passado, e embora o endereço possua uma boa estrutura, nesse canal ainda existem várias funcionalidades que ainda não estão ativas, como o acompanhamento de proposições, licitações e processos legislativos. A situação da Página no Facebook também não é das melhores, a última mensagem foi postada no dia 13 de Junho, via celular, e com um erro de digitação.

Com certeza a sociedade apodiense faria bom uso dessas ferramentas, como forma de dialogar mais diretamente com nossos vereadores, então, vamos aguardar providências da Casa do Povo.

Reunião sobre a emancipação da Chapada, no Distrito de Soledade

    
No Próximo sábado, dia 7 de Setembro, se reunirão às 14h na Capela de Nossa Senhora de Fátima em Soledade, moradores da chapada e lideranças políticas da Cidade de Apodi, o intuito é de continuar a discussão sobre o projeto de lei complementar que já tramita no Senado Federal, sobre a emancipação da região, que tanto sofre com o abandono do poder público.

A Participação de todos os envolvidos é vital para que alcancemos um movimento emancipalista consistente, e que tenhamos desde já, o comprometimento em melhorar a qualidade de vida desse povo tão sofrido da Chapada. Abaixo segue a pauta da Reunião, conforme divulgada pelo Blog do Josenias Freitas:

Breve histórico da luta
Noticias sobre a tramitação da Lei complementar Federal
Criação da Comissão local
Discutir forma de participação da Sociedade Civil durante o processo emancipalista
Apresentação do modelo de Abaixo-assinado

Após ser votado no Senado Federal, o que deve acontecer nos próximos dias, o projeto seguirá para sanção da Presidente Dilma, e em seguida para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Jovens do Assentamento Moaci Lucena fazem visita à ACREVI em Mossoró.

Alguns dos Jovens residentes no Moaci Lucena, logo após o intercâmbio.


Cerca de 30 jovens do Assentamento Moaci Lucena, na região da chapada, estiveram este mês no município de Mossoró, o alvo da visita foram as instalações da ACREVI – Associação Comunitária Reciclando para a Vida, o intuito do intercâmbio, patrocinado pelo Centro Terra Viva, foi colher informações a respeito do trabalho de reciclagem efetuado na cidade de Mossoró por aquela associação.

Os Jovens foram contemplados com um debate realizado pela Presidente da Associação, Josefa Avelino, onde foram discutidas as vantagens da reciclagem, e a viabilidade da implantação de uma coleta seletiva aqui na zona rural de Apodi. Após o debate, os membros foram liberados para conhecer o prédio da associação, e entender como se dão os processos de reciclagem.

Agora inspirados pela visita, os jovens tentam se organizar para dar um destino melhor aos resíduos sólidos produzidos no assentamento, que atualmente segue modelos arcaicos de disposição, nada benéficos para o meio ambiente, nem para os cidadãos que residem na localidade. Aguardamos que bons frutos sejam colhidos através desta bela iniciativa.

Alimentos da agricultura familiar – Aproveite a qualidade, ajude a quem merece.


      
Como alguém que já viveu em um centro urbano, eu fico admirado com a quantidade de gente aqui no nosso município que compra verduras e legumes em supermercados, deixando de aproveitar produtos geralmente melhores, mais frescos, e produzidos pela agricultura familiar, disponíveis na nossa feira livre, ali, todos os dias. Eu sei que a praticidade é tentadora, colocar tudo em um carrinho só, pagar, levar um monte de sacola, e pronto. Mas se pensarmos um pouco mais, dá pra perceber que o fácil, sai caro demais, para sua saúde, para o seu bolso, e para a sociedade de maneira geral. Por isso, vamos refletir:

1) Os alimentos comercializados na feirinha, são predominantemente produzidos por pequenos agricultores, que por cultivarem lavouras menores, são menos atacados por pragas, logo, a quantidade de agrotóxicos utilizados por eles é bem menor do que a dos alimentos recebidos em larga escala por redes de supermercado. Há inclusive, alimentos orgânicos, que são totalmente livres de agrotóxicos, ali nas bancas, que não exibem a identificação dessa qualidade, simplesmente por falta do reconhecimento de órgãos reguladores, o que demanda tempo, dinheiro, e uma burocracia enorme.

2) Os preços na feira também são, em geral, mais em conta do que nos supermercados, isso é fácil de se presumir, pois quando se compra algo em um estabelecimento maior, temos que lembrar que toda a estrutura envolvida na oferta daquele produto pela empresa, é cobrada ao consumidor através dos preços das mercadorias, logo, funcionários, água, energia, e outros custos, serão inclusos nos valores pagos no caixa. Já na feira, geralmente são os próprios produtores que comercializam seus alimentos, eliminando uma série de despesas que seriam repassadas a você, que compra ali. Nesse ponto vale salientar mais uma vez a existência de produtos orgânicos sem identificação nas bancas, estes que deveriam custar em média 30% mais caro, mas que por não serem ainda certificados, acabam sendo vendidos pelo mesmo preço dos convencionais.

3) Sua consciência também agradece se você comprar os produtos da agricultura familiar, já que esses são produzidos por pessoas como nós, trabalhadores, que dão duro para sustentar a família com os favores da terra, são pais e mães, que dedicam a vida a tornar viável a subsistência de todos, fornecendo alimentos que eles plantam geralmente para comer, e vendem o excedente da produção, por isso, cuidam com carinho, o que se reflete no sabor da sua mercadoria. E não para por aí, levando sua própria sacola ecológica de casa para a feira, evitará trazer aquele monte de sacos plásticos que geralmente se usa no supermercado, fazendo com que diminua o lixo produzido pelo município, o que traz tantos benefícios para a sociedade, que precisaria de um outro texto só para explanar.
           
Não deixe passar essa oportunidade, visite a feirinha, e ajude quem merece, inclusive a si mesmo.
           

Desvendando o Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi - Parte I – O que é o DNOCS?



 Muito tem se falado nos últimos anos sobre o Projeto de irrigação que pretende transformar boa parte do lado potiguar da chapada do Apodi em um polo de fruticultura irrigada, seguindo a mesma rota do lado cearense da mesma chapada. Entretanto, ainda não se estabeleceu um contraponto entre as verdades e os mitos das duas frentes conflitantes nesse assunto: Os movimentos sociais representados principalmente pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi - STTR/APODI e o governo federal, por intermédio de sua autarquia, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS. Existe atualmente uma “guerra” travada entre essas duas entidades, pois, enquanto o governo quer que a população aceite o projeto, e ache que ele é a oitava maravilha do mundo moderno, os movimentos sociais se aproveitam das experiências já vividas em outros lugares para rechaçar a implantação do perímetro na nossa Apodi.

Nesta primeira parte de uma série de textos que pretende dar ciência à população sobre os detalhes inerentes à uma obra deste porte, iremos começar a desvendar o primeiro mistério sobre o assunto: afinal, O Que é o DNOCS?

Para adentrarmos nesse tema, devemos saber primeiramente que o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca é uma Autarquia federal, e sobre isso, quem melhor define é Celso Antônio Bandeira de Mello (2004): as Autarquias são “pessoas jurídicas de Direito Público de capacidade exclusivamente administrativa”. Portanto, o DNOCS é uma instituição criada pelo governo, através de uma lei, para administrar um determinado setor, nesse caso as “Obras contra a Seca”. Cabe salientar que as Autarquias não participam da administração federal, ou seja, o DNOCS não é parte do governo, e seu patrimônio, embora provenha de recursos públicos, pertence à própria entidade, e só pode ser utilizado para a finalidade específica que a lei que a criou determina.

Muito embora seja uma organização à parte, o DNOCS é vinculado ao governo através do Ministério da Integração Nacional – MI, e recebe recursos federais através inúmeros programas. É notável que após o início das obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), a autarquia recebeu um incremento nos seus recursos, e desde 2009 o seu orçamento não fica abaixo de 1 bilhão de reais. Com relação ao patrimônio, entre outros, o Departamento possui 327 barragens com capacidade de acumulação total de 30 bilhões de m³, 39 perímetros irrigados, e 14 estações de piscicultura, já em construção aqui no Rio Grande do Norte, merecem destaque a Barragem de Oiticica em Jucurutu, e o Perímetro Irrigado Santa Cruz do  Apodi.

No próximo artigo da série, nos aprofundaremos mais ainda na estrutura desta autarquia que pretende transformar o território da Chapada do Apodi, falando da missão, das diretrizes estratégicas, e dos escândalos da história recente do DNOCS, incluindo a mudança de direção, e o relatório da Controladoria Geral da União - CGU que apontou bilhões de reais em prejuízo causado por possíveis fraudes em obras da organização.